Pedro Renngo
Eliene Felix do Nascimento
Laianne Elisa
Imagem 1: vista panorâmica do Centro Histórico de São Cristovão. Fonte: IPHAN 2008.
São Cristóvão é a quarta cidade mais antiga do país e foi a primeira capital de Sergipe. Foi fundada por Cristóvão de Barros a 1 de Janeiro de 1590, no período da Dinastia Filipina em Portugal, União Ibérica. A cidade sofreu sucessivas mudanças, até firmar-se no local em que hoje se encontra à margem do rio Paramopama, afluente do rio Vaza-Barris. Em 1637 foi invadida pelos neerlandeses, ficando praticamente destruída. As tropas luso-espanholas, sob o comando do conde de Bagnoli, tentando evitar o abastecimento dos inimigos, incendiaram as lavouras, dispersaram o gado e conclamaram a população a desertar. Os neerlandeses, que encontraram a cidade semideserta, completaram a obra da destruição.
Imagem 10: Casa de Missericódia
Fonte: IPHAN, 2008
Em 1645, os neerlandeses foram expulsos da capitania de Sergipe, deixando a cidade em ruínas. No final do século XVII, Sergipe foi anexado à Bahia e São Cristóvão passa a sede de Ouvidoria. Em 1710 foi invadida pelos habitantes de Vila Nova, região norte de Sergipe, revoltados com a cobrança de impostos por Portugal. Nos meados do século XVIII, a cidade foi totalmente reconstruída. Em 1763 sofre a invasão dos negros dos mocambos e índios perseguidos. No dia 8 de julho de 1820, através de decreto de Dom João VI, Sergipe foi emancipado da Bahia, sendo elevado à categoria de Província do Império do Brasil e São Cristóvão torna-se, então, a capital.
No final da primeira metade do século, os senhores de engenho lideram um movimento com o objetivo de transferir a capital para outra região, onde houvesse um porto capaz de receber embarcações de maior porte para facilitar o escoamento da produção açucareira, principal fonte da economia na época. Em 17 de março de 1855, o então presidente da Província, Inácio Joaquim Barbosa, transferiu a capital para Aracaju. A partir desse momento, a cidade passa por um processo de despovoamento e crise, que só é resolvido no início do século XX com o advento das fábricas de tecido e a via férrea.
Em relação ao patrimônio cultural, a cidade alta, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 23 de janeiro de 1967, tendo sido inscrita no livro de tombo arqueológico, etnográfico e paisagístico, enquanto que em nível estadual já havia sido elevada a categoria de Cidade Histórica pelo Decreto lei nº. 94 de 22 de junho de 1938, do Governador-Interventor Eronildes Ferreira de Carvalho.
Os principais edifícios históricos do centro de São Cristóvão, a cidade alta, possuem acautelamento governamental, ou seja, tombamento. A Igreja e Convento de São Cruz, ou de São Francisco, e onde também funciona o Museu de Arte Sacra, é o primeiro monumento tombado no Estado de Sergipe pelo IPHAN em 1941. Depois temos a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Vitórias, Igreja do Rosário dos Homens Pretos e o Conjunto Carmelita (que conta com a Igreja e Convento do Carmo, e a Igreja da Ordem Terceira que é mais conhecida como Igreja de Nosso Senhor dos Passos) em 1943. Ainda naquele ano são tombados os sobrados de Balcão Corrido da Praça da Matriz, o da Praça de São Francisco e o da Rua Messias Prado. Em 1944, a Igreja e Antiga Santa Casa de Misericórdia, que hoje é o Lar Imaculada Conceição. E em 1962, a Igreja do Amparo dos Homens Pardos.
Além dos monumentos tombados pelo IPHAN, é tombado pelo governo estadual o Museu do Estado por decreto de 2003, porém esse prédio pode ser considerado protegido pelo Estado conforme o texto do Decreto-lei nº. 94 de 1938. Em 1 de Agosto de 2010 o Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) anunciou, em Brasília, que a praça São Francisco, em São Cristóvão (SE), é o mais novo patrimônio cultural da humanidade. Com a decisão, anunciada pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, sobe para 18 o número de locais declarados patrimônio da humanidade no Brasil.
Para ilustrar este conteúdo, segue como anexas algumas imagens da cidade de São Cristovão/SE.
REFERÊNCIA
WIKIPEDIA. Historia de São Cristovão. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Crist%C3%B3v%C3%A3o_%28Sergipe%29. Acessado em 29/05/2011.
Imagem 2: Vista da Praça da Matriz de São Cristovão.
Fonte: Pedro Renngo, 2011
Imagem 3: Clausto do Convento do Carmo em São Cristovão.
Fonte: Pedro Renngo, 2011
Imagens:
Imagem 2: Vista da Praça da Matriz de São Cristovão.
Fonte: Pedro Renngo, 2011
Imagem 3: Clausto do Convento do Carmo em São Cristovão.
Fonte: Pedro Renngo, 2011
Imagem 4: Arcos do frontão da Igreja São Francisco.
Fonte: Pedro Renngo, 2011
Imagem 5: Praça São Francisco
Fonte: Pedro Renngo, 2011
Imagem 6: Vista da Matriz de Nossoa Senhora da Vitória
Fonte: Pedro Renngo, 2011
Imagem 7: Praça São Francisco
Fonte: Pedro Renngo, 2011
Fonte: Pedro Renngo, 2011
Imagem 5: Praça São Francisco
Fonte: Pedro Renngo, 2011
Imagem 6: Vista da Matriz de Nossoa Senhora da Vitória
Fonte: Pedro Renngo, 2011
Imagem 7: Praça São Francisco
Fonte: Pedro Renngo, 2011
Imagem 8: Conjunto do Carmo
Fonte: Pedro Renngo, 2011
Imagem 9: Aérea da Praça São Francisco
Fonte: IPHAN, 2008
Imagem 10: Casa de Missericódia
Fonte: IPHAN, 2008
Imagem 11: Museu Histórico de Sergipe
Fonte: IPHAN, 2008
Imagem 12: Conjunto Franciscano
Fonte: IPHAN, 2008
Imagem 13: Vista Parcial da Praça São Francisco
Fonte: IPHAN, 2008
Imagem 14: Panorâmica da Praça São Francisco
Fonte: IPHAN, 2008
Imagem15: Vista do Rio Paramopama, anfluente do Vaza-Barris.
Fonte: IPHAN, 2008
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