quarta-feira, 8 de junho de 2011

Primeiras impressões da pesquisa

Neste post tentaremos passar para vocês um pouco da nossa impressão geral sobre as pesquisas.
Nossa, aplicar questionários não é tão fácil quanto parece! Primeiro temos que contar com a disposição do entrevistado. Todos os pesquisadores comentaram que tiveram que voltar algumas vezes ao local da entrevista para conseguir atingir o número mínimo de questionários porque os entrevistados não apresentavam muita disposição em parar suas atividades e responder aos formulários.
Agora, começaremos a descrever uma analise preliminar sobre cada local pesquisado, a começar por São Cristóvão. As pesquisas revelaram que a maioria dos visitantes do Centro Histórico de São Cristóvão é de Sergipe. Vários grupos de escolas e faculdades com o objetivo de conhecer um pouco mais a Praça São Francisco, considerada Patrimônio Cultural da Humanidade.
A maior motivação do visitante é conhecer o monumento, o patrimônio artístico, arquitetônico, de valor histórico e religioso.
E por falar em patrimônio e cultura, o visitante de São Cristóvão tem alta motivação cultural, principalmente em função da recente titulação do novo Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Chamou a atenção o fato de as pessoas de Sergipe visitarem, mas não valorizarem o patrimônio. Boa parte dos entrevistados tinham ido para fazer trabalhos acadêmicos ou por não terem outra opção de lazer. Entretanto, percebeu-se também que as pessoas desconhecem o sentido de preservação, conservação, tombamento. A partir daí, começamos a pensar em identidade e apropriação. A impressão é que os sergipanos não reconhecem elementos identitários na sua região e só o percebem quando visitam outras cidades, comparam e identificam na sua cidade certos elementos signos que o identificam e o fazem sentir parte da história e memória daquela localidade.
Os visitantes de outros estados parecem valorizar muito mais. Vêem no centro Histórico de São Cristóvão e mais especificamente na Praça São Francisco beleza, organização, chegando a chamá-la de “museu ao céu aberto”.  
Nos Mercados Municipais, chamou à atenção a origem dos entrevistados. A maioria deles era do Sudeste e em segundo lugar da Bahia. Os visitantes eram em média de idade adulta. Nos mercados a dificuldade em entrevistar foi maior! Entretanto, o fato que mais chamou a atenção dos entrevistados foi a estrutura dos mercados. Acharam a parte arquitetônica bonita, mas que deveria melhorar a estrutura física. Comentaram também que se sentiam seguros dentro dos mercados, mas que a limpeza deixava a desejar.
Ah, mas o ápice da entrevista foi a observação de alguns entrevistados! Segundo os entrevistadores, os visitantes ficaram muito insatisfeitos com o atendimento no local. No ato da entrevista chegaram a pedir para anotar como observação fatores relacionados ao atendimento. Segundo os turistas Aracaju é um destino bom, mas deixa a desejar no acolhimento aos turistas e visitantes.
Constatou-se também que a maior motivação dos visitantes dos Mercados Centrais de Aracaju era conhecer a representação da cultura aracajuana. Então, alguns deles sugeriram apresentações permanentes de grupos folclóricos e culturais.  Os visitantes ficaram muito satisfeitos com a variedade de artigos de identidade e cultura local.
E os turistas da orla da Atalaia? Nossa, esses pareciam estar em outra Aracaju. Ou, para eles, a Atalaia representa o turismo em Aracaju. Baianos em sua maioria, com a visão sobre turismo cultural bem restrita por dois motivos: ficam pouco tempo, geralmente um ou dois dias e porque eles não saem da orla da Atalaia, já que ficavam hospedados nos hotéis de lá. Ou seja, boa parte dos visitantes entrevistados não conhece os atrativos culturais da cidade! As atividades realizadas por eles restringem-se à caminhadas pela orla, city tours e visitas aos mercados centrais.
Finalmente, o Centro Histórico! Quase 100% dos entrevistados no Centro Histórico eram turistas de pacotes de agências de viagens que vem a Aracaju e conhecem apenas os principais pontos turísticos. São aqueles chamados turistas de massa, que se deslocam via aérea, hospedam-se em hotéis e compram passeios e city tours, ou seja, ficam restritos à cidade “formatada para o turista”.
Bem pessoal, por hoje é só. Infelizmente em apenas um post não dá para colocar tudo. Em breve postaremos as analises de cada atrativo. Aguardem!

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